domingo, 7 de fevereiro de 2010

Paulo Valério quer unir os socialistas

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Jantar de apoio juntou 200, em Santa Clara

Casa cheia no jantar da campanha socialista de Paulo Valério, candidato à presidência da concelhia de Coimbra. O evento reuniu, ontem, cerca de 200 militantes, em Santa Clara, onde se discutiu o PS e a cidade.

Entre secretários coordenadores das secções do partido e muitos militantes que ali se juntaram para apoiar o candidato, deram voz à candidatura “Coimbra com Futuro” Hernâni Caniço, Lusitano dos Santos, Vieira Lopes e Fausto Carvalho, que se mostraram ansiosos pela mudança. Os históricos socialistas insurgiram-se contra as lógicas do seguidismo e oportunismo pessoal, que têm sucessivamente pautado a vida interna do PS, a nível local e nacional. O regresso à ética e a integridade na política foram desejos manifestados pelos intervenientes.

Paulo Valério afirmou não estar disponível para uma “política de caldeirada, onde as pessoas traiam as suas convicções para alcançar o poder, a todo o custo”. Lembrou ainda as derrotas sucessivas dos candidatos socialistas à Câmara Municipal de Coimbra, nos últimos dez anos, exigindo reflexão interna e respeito pelos sinais que os cidadãos de Coimbra, eleição após eleição, têm dado ao PS. E disse: “O PS tem que se deixar de apresentar candidaturas e programas em cima do joelho, a três meses de eleições e não pode continuar a esgotar-se nas suas guerras internas”. Para o candidato “Coimbra espera que o PS lhe apresente um verdadeiro, participado e alternativo projecto de esquerda para a governação da cidade”. Paulo Valério condenou, ainda, que se pretenda dividir o PS em dois grupos distintos: o das “personalidades” e o das “bases” – “ o PS sempre foi um Partido interclassista, de reflexão e de acção, e não se pode dar ao luxo de prescindir do contributo de ninguém”, defendeu, sublinhando que a sua candidatura é a única empenhada em unir, na diversidade, os socialistas.

O candidato apresentou também as suas preocupações relativamente à vida da cidade e à insuficiência do actual executivo camarário: a necessidade urgente de reabilitar o centro histórico, nomeadamente, a Baixa de Coimbra, para afastar a insegurança; a urgência de diversificar a oferta cultural e de acabar com as distinções entre o popular e o erudito, foram alguns dos temas trazidos a debate. Mas no centro do discurso esteve também o emprego, tendo Paulo Valério condenando Carlos Encarnação de forma especialmente dura – “Encarnação não pode ficar impávido no seu trono enquanto Coimbra definha; as responsabilidades que tem obrigam-no a lutar pela sobrevivência de Coimbra, não lhe concedem que apenas lamente e se limite a dar-lhe uma extrema-unção”.

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